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anéis, alfinetes, malas, t-shirts, vidros, fusing... um monte de tralha que eu faço quando me apetece e o Pé Maria deixa...

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Goa


A propósito da ida do nosso digníssimo à Índia, tenho me lembrado imenso da minha viagem a Goa… foi em 2003 e adorei. Adorei.

Na altura nem sei bem o que nos deu para ir a Goa, mas foi uma excelente decisão! A marcação foi uma autêntica cegada com uma única agência a ter “pacotes” para lá… o atendimento foi excelente, a agência estava a começar e os donos – 2 médicos de Coimbra, amantes de Goa – estavam mesmo empenhados em vender-nos a viagem, contudo a disponibilidade para este negócio paralelo não era assim muita e aquilo andou ali meio difícil, mas valeu a pena.

Apesar de Goa não ser uma Índia profunda, digamos assim, não deixa de haver um choque à chegada, em certos pontos vê-se uma miséria extrema! Vêm estes europeuzinhos lá do seu paraíso à beira mar plantado… enfim… mas de resto há zonas que parece mesmo que estamos no Portugal profundo, só o facto da cor da pele ser diferente nos faz perceber que afinal não estamos.

Valeu a pena ver o “Mr. Daiog” correr a recepção inteira, quando nos ouviu falar, para nos dizer que afinal era “Diogo” e nos arranjar um Rocky, que no fim era Roque, para nos acompanhar a semana inteira “treat them right, they are portuguese” e todos os “Joquins” («Não, Joaquim, o teu nome não quer dizer nada!» e até deve querer…) e toda a tenção extra que recebemos só porque éramos portugueses…

Estranhámos mesmo na altura não haver mais portugueses e só um magote interminável de ingleses e russos a começarem a ir - praias excelentes, comida maravilhosa e barata, muita atenção e um tratamento VIP aos turistas, mas em especial aos tugas (“os primeiros portugueses «brancos» que vejo”).

De resto, ficou tanta coisa boa para recordar… as velas que comprámos para acender na basílica, porque o vendedor falava português!, onde se lia em todo o lado “don’t light candles…”; o trânsito caótico em Margão, onde estaríamos ainda para atravessar a estrada não fosse a coragem de uma intrépida senhora a quem nos colámos; os novos hippies em Palolem e suas cabanitas na praia (“ - J. onde é que eles tomam banho? – Olha bem, achas mesmo que eles tomam banho????”); a praia deserta para os dois e uns quantos locais (como é que se chamava mesmo?); a feira hippie à noite onde os estranhos éramos nós; o marido liiiiiindo da prima da Y.; a luz matinal da minha infância; a cara do guia inglês quando descobriu que éramos portugueses, depois de muitas piadinhas infelizes; o pork vindaloo a queimar de picante (“mas é um prato português!!!”) e o caldo de verde com massa!!! e tantas outras coisas…

Quero muito conhecer a outra Índia, mas Goa é um excelente sítio para começar. E vale mesmo a pena. Mesmo.

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